Inerte
Bem antes de o sol despontar no azul vasto do céu,
Desperta-me como há anos o faz
E me livra no ócio de eternamente adormecer.
Espanta-me da cama que me acolhe e me abranda,
Macia, aquecida, traiçoeira que me chama,
Ajuda-me a nunca desistir e a nunca esperar.
Ensina-me a ser grande!
Fortaleça-me maníaca brisa
Porque quando a vejo partir em meus sonhos
Meu mundo simplesmente perde a cor
E eu fico sem ar.
E envolva de bondade meus atos falhos,
Aprisiona as lágrimas em meus olhos
Para que elas jamais entristeçam meu rosto.
Livra-me da apatia que me consome
Desse vício que me faz inerte,
Resgata-me da morbidez sombria
E me traga de volta à vida.
21 de agosto de 2005
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