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Ser Cronológico

Terça-feira, 07 de abril de 2015

Após quase um mês de ausência e algumas experiências producentes, descobri algumas verdades que até então ignorava ou subestimava. Descobri que amo minha família, minha namorada, meus amigos, minha casa, minha vida pacata e pouco promissora, meus problemas pequenos, meus livros, meus discos, meu subemprego, minha rotina maçante e imutável, minha cama, meu espaço, minha solidão voluntária, meu universo de quatro metros quadrados.

Redimensionei este amor quando alcancei aquilo que considerava ser o meu maior sonho. Não desisti. Optei. Depois disso, minhas preocupações se multiplicaram, mas não perdi uma noite sequer de sono. Minha felicidade e satisfação antagoniza com minha completa situação de merda e meu futuro sem perspectivas. E apesar das escolhas que me trouxeram até aqui, garanto a você: SE PUDESSE VOLTAR ATRÁS, FARIA EXATAMENTE TUDO DA MESMA MANEIRA!

Talvez seja um contrassenso, mas são nas adversidades que o nosso caminho fica mais claro e reto. Tudo isso te parece loucura? Me explica isso!  

Aqui é o controle de solo para Major Tom
Você realmente teve sucesso
E os jornais querem saber que camisetas você usa
Agora é a hora de sair da cápsula se você ousar.

Aqui é Major Tom para o controle do solo
Estou passando pela porta
E estou flutuando do jeito mais peculiar
E as estrelas parecem bem diferentes hoje.

Porque aqui estou sentando numa lata
Bem acima do mundo
O planeta Terra é azul e não há nada que eu possa fazer.


Segunda-feira, 09 de março de 2015

O que escreverei a seguir parecerá clichê, mas as coisas só começam a melhorar quando chegamos ao fundo do poço. Do contrário, morremos! Ou ficamos extremamente fodidos!!! Penso que nada é tão ruim que não possa ser piorado, portanto, melhor não reclamar, certo?

Todos passamos por situações difíceis, "impossíveis" de se resolver, e, apesar de tudo, aqui estamos nós: ilesos, intactos, fortalecidos, inexpugnáveis, vivos! Talvez reclamar seja inerente à nossa natureza, mas, hoje, façamos diferente: sintamo-nos GIGANTES e invencíveis, a semente essencial que sobrepujou milhões, um milagre fadado à vida e às grandes realizações.

Para encerrar, deixo-lhe uma frase que ouvi certa vez em um filme, prova de toda a minha estima, altruísmo e fé em VOCÊ! Fé nas pessoas. Me explica isso!

Eu não tenho todas as respostas. Já perdi na mesma proporção que ganhei. Mas amo minha vida e desejo a você o mesmo tipo de sucesso. "Jerry Maguire"


Segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Refleti por cinco minutos e cheguei à seguinte conclusão sobre as pessoas que me cercam: 

Aos meus pais e irmãos, desejo-lhes vida eterna ao meu lado, pois simplesmente não consigo imaginar minha existência sem tê-los ao meu lado; 

Aos meus amigos, que tenham uma vida plena, prolífica e substancial, e que jamais se esqueçam do caminho que os levam à porta de minha casa; 

Aos que me tem como inimigo, que vivam o bastante para mudarem sua opinião sobre mim, ou o suficiente para perceberem que a vida é curta demais para empenhar tempo e esforço a cultivar inimigos; 

Ao restante, um bom livro para carregar no bolso, uma bela música para cantarolar em momentos de solidão, uma viagem – seja ela qual e como for – surreal e alucinante e um amor qualquer que traga sentido à vida.

Se você não concorda comigo, então me explica isso!!!

Se você ainda não tem uma bela canção para acompanhar seus pensamentos, ofereço-lhe uma sugestão.

Quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
"As profecias", Raul Seixas
Tem dias que simplesmente não deveriam acontecer. Tudo fica escuro, nublado, triste. Uma atitude que decepciona, uma palavra que magoa, um gesto que agride, alguém que nos abandona. E nos questionamos sobre a razão de tudo isso. A maldade fica mais visível, a indiferença se torna mais latente e a natureza humana se revela.

Busquei encontrar as palavras certas para exprimir o que sinto nessa manhã tão cinza, mas, hoje, acordei assim, vazio, longe de mim. Não é nada demais, mas incomoda, atrapalha, às vezes até machuca. E o pior é continuar seguindo em frente como se tudo estivesse normal, como se o mundo fosse um lugar alegre e colorido e as pessoas fossem boas e altruístas.

E de uma música extraída do sugestivo álbum “Wednesday Morning 3am”, resumo o que me corrói por dentro. Se o seu coração também foi acometido por tamanha tristeza, me explica isso!!!

Olá escuridão, minha velha amiga
Eu vim para conversar com você novamente
Por causa de uma visão que se aproxima suavemente
Deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo
E a visão que foi plantada em minha mente
Ainda permanece
Dentro do som do silêncio. 


Terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Amanhã é um daqueles dias que me faz pensar que eu deveria ter me cuidado mais. É quando reflito sobre a fragilidade da vida... tão fraca, tão rápida, tão curta. Eu sempre me pego pensando sobre quando a minha irresponsabilidade - ou seria falta de sorte? -, enfim, se tornará um problema de verdade. Por enquanto, sem emoção, mais sem graça que novela mexicana. É o que eu digo aos aspirantes a Deus que acompanham meu quase-calvário.

Apesar da preocupação que a morte me causa, vou te dizer exatamente o que eu faço nestes dias: acordo tranquilo e feliz, entro no meu possante nada potente e acelero ao som de clássicos do rock and roll. Eu grito o mais alto que posso, espanto meus males - provavelmente, pelo meu inglês sofrível -, aproveito a viagem rumo à cruz que me espera e me deixo tomar por uma altivez e confiança que irrita aqueles que me condenam.

A um passo do abismo, eu durmo o sono dos justos. Se você é acometido por dias assim, me explica isso!!!    


Eu sou uma estrela cadente saltando pelo céu
Assim como um tigre desafiando as leis da gravidade
Eu sou um carro de corrida ultrapassando como Lady Godiva
Eu vou, e nada vai me deter.
    


Segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Nos últimos dias, estive pensando sobre a efemeridade da vida. É um pensamento que tem me incomodado bastante e também me faz pensar sobre comodismo e passividade.

O John Lennon costumava dizer que a vida passa enquanto fazemos planos, e isso, a cada ano, faz cada vez mais sentido para mim.

Protelamos nossos projetos de vida apoiados na falsa ideia de que tudo acontecerá a seu tempo, que nossas metas serão alcançadas naturalmente. Besteira!!! Eu sei o que devo fazer para cumprir minhas metas, da mesma forma que sei os motivos de ainda não tê-las alcançado: falta de foco, gana e vontade.

Se a vida me parece curta e vazia demais, certamente é porque não tenho feito nada para preenchê-la da forma correta. Somos seres utópicos por natureza, acreditamos no resultado sem esforço, na sorte em detrimento do merecimento, na realização por casualidade. Outra besteira!!!

Se eu quero um mestrado, que eu estude o suficiente para obtê-lo. Se meu emprego é uma piada, que eu me destaque como profissional e faça por merecer algo melhor. Se eu não quero me sentir um velho derrotado aos 33 anos, que eu compreenda a força da minha juventude e busque preencher minha vida com grandes feitos e realizações.

Não se trata de sorte nem dinheiro, tampouco oportunidade ou coragem. O que falta é aceitar que viver é foda mesmo e que nada vem de graça. E mesmo sabendo disso, por mais irracional que pareça - e de fato é! -, os livros da minha estante continuam fechados, meus projetos prontos permanecem sem ser executados, meus sonhos e desejos seguem protelados.

Humano, demasiado humano. Eu entendo você, Nietzsche!!! Só não queria ser tão ridículo, só não queria aceitar minha natureza fraca, meu espírito pobre. Se você já refletiu sobre a sua vida, me explica isso!!!              

Quinta-feira, 08 de janeiro de 2015

Hoje acordei com um sentimento triste, nostálgico. Uma vontade de voltar no tempo e fazer tudo de novo, mas, dessa vez, de forma diferente. Antes eu não me importava com minha insignificância, hoje, porém, a invisibilidade parece ter se tornado um fardo pesado demais. Não se trata de arrependimento, mas, sim, de escolhas dubitáveis.

Nestes dias penso que o melhor, no passado, teria sido fugir para uma vida mais substancial e menos confortável. Penso que assim poderia compreender melhor as relações humanas e o mundo como um todo.

Cada oportunidade perdida, cada sonho que ficou para trás, cada copo de cerveja desperdiçado, cada momento não vivido, cada linha que se perdeu no imaginário, cada loucura que deixei de fazer, cada vez que fingir ser o que não sou, cada vez que me enquadrei onde sabia ser pequeno demais para mim, cada minuto aqui parado vendo minha vida passar pela janela, cada frustração, cada atitude descabida, cada vontade reprimida, cada passo na direção errada, cada coisa fora do lugar... tudo culminou para me trazer até aqui. O foda é decidir se isso é bom ou ruim.

Talvez isso tudo seja apenas reflexo da minha eterna inclinação ao trágico, aquela tendência maníaco-depressiva que me acompanha desde cedo, hora mais latente, hora menos, quase imperceptível, mas ainda existente.

Hoje esse sentimento vai me remoer até a alma, mas, amanhã, prometo não pensar mais a respeito – ou pelo menos até a próxima crise ou quando a realidade voltar a me assombrar. Mas, e você, me entende? Então me explica isso!!!

Um coração que se encheu como um aterro
Um trabalho que te mata lentamente
Feridas que não cicatrizam.

Quarta-feira, 07 de janeiro de 2015

Aqui estou eu novamente, sem nada substancial a falar, mas sempre com algo a oferecer. A boa de hoje é um som da Concrete Blonde, banda pouco conhecida no Brasil que marcou seu nome na história do rock alternativo.

Publiquei um artigo sobre a banda, no qual recomendo algumas canções que certamente vocês irão gostar. Após se fartarem do cardápio, afastem os móveis da sala, aqueçam a garganta e “despiroquem” com a sensacional “Heal it up”, que, agora, entrego de bandeja a vocês, e aproveito para desafiá-los a tentar ouvi-la somente uma única vez!!!

Se um dia você quis quebrar tudo ouvindo uma música, me explica isso!!!


Terça-feira, 30 de dezembro de 2014


Carta ao parasita,

Desde muito cedo aprendi que não teria nada de graça nessa vida. Minha mãe, em suas neuroses de limpeza, nos compeliu, a mim e aos meus irmãos, a desempenhar as mais variadas funções domésticas. Isso mesmo! Lavar louça, roupa, calçada, banheiro, limpar móveis, janelas, quintal, encerar chão, lustrar, secar, pintar. Não passei fome, nem frio. Minha educação foi a melhor possível dentro das limitações de uma família de classe baixa nos confins do norte paranaense. Não tive roupas de grife, tênis de marca, videogames de última geração - tampouco os de primeira. Pra ganhar algum trocado, ainda moleque, apanhei algodão e soja, recolhi ossos de boi para vender a quem eu nem sabia o que faria com aquilo, fui "laranja" em viagens nada lícitas, lixei carros velhos e antigos, e só me fodi em outros biscates infames.

Meus pais, sobretudo minha mãe, sempre deixaram claro que se quiséssemos estudar, teríamos que pagar por isso. Foi o que eu fiz. Sai de casa, morei em cidades como Curitiba, São Paulo, Campinas e, de volta a Mogi Guaçu, realizei meu sonho de me formar jornalista e professor de Português, além de algumas especializações. Depois de quase onze anos no ensino superior, resolvi descansar um pouco.

Eu não ganhei o meu primeiro carro. Na verdade, não ganhei nem minha primeira bicicleta. Depois dos 15, paguei por cada cueca que usei e por todas as outras coisas que quis ter, tudo isso, é claro, com a obrigação de pagar contas caseiras, é óbvio. Ou você acredita que eu moraria em casa sem preocupação alguma, apenas porque sou maneiro!?!?!

Passados anos de labuta, acumulei livros e discos de vinil, tenho a melhor namorada que um homem pode ter e uma família decente, além de um trabalho digno, porém, pouco promissor. Minha vida mudou, de fato. Hoje também tenho uma faixa preta de jiu-jítsu - para tristeza de muitos -, e amizade de poucos - para a minha alegria -, contudo, admito, continuo o mesmo fodido de sempre, mas dono de algo que jamais poderão arrancar de mim: o meu conhecimento.

Posto isto, caros amigos, penso naqueles que são a personificação exata da futilidade e da hipocrisia. Sim, você, que nunca precisou acordou cedo para garantir o almoço. Que até hoje não sabe o que é trabalho. Que só se preocupa em decidir para qual país irá viajar em sua próxima "trip". Que ganhou do papai um carro novo assim que fez 18 anos, prêmio por ter entrado em uma faculdade particular e extremamente cara. Eu penso em você, "amigão", que banca o intelectual sem nunca ter lido um livro na vida e não sabe distinguir Machado de Assis de machado do Assis!

A você, caro parasita, ofereço meus mais sinceros votos de saúde e perenidade, pois espero que viva o bastante para se dar conta de sua triste existência e sofrer com o desespero de saber que é um perfeito néscio, hipócrita e alienado - procure o significado destes adjetivos no dicionário!

FELIZ ANO NOVO, SEU BOLO DE CARNE IMPRESTÁVEL (Como diria o Clint Eastwood!!!)

Em tempo: não tome este texto por mero generalismo, pois não é. Trata-se de uma carta voltada a quem com ela se identificar ou a quem interessar possa. Se você já se deparou com um parasita - e tenho certeza que sim! -, me explica isso!!!

Quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Quando o amor acontece é foda. Você quer ficar perto para sempre, quer amar até doer, quer ter filhos, cachorros, gatos, periquitos e papagaios com a pessoa especial. Você passa a ter sonhos que – paradoxo – atrapalham o seu sono, tiram o seu sossego e lhe traz uma vontade inexplicável de realização imediata.

Mas, de repente, o tempo passa, a realidade esmorece seus anseios, e a vida, então colorida, perde a cor. É quando tudo parece distante e nada faz sentido. E acredite, nessas horas, o melhor é fechar os olhos para esquecer que você não pode fazer nada para mudar isso. Aí, você reflete sobre a vida, pensa em como ela é curta e efêmera e se dá conta de que sorrir é simplesmente incoerente.


E percebe, portanto, que não são os sonhos impossíveis que nos entristecem, mas, sim, a impossibilidade de realizar aqueles que acreditávamos estar a centímetros de nossas mãos. Então, você se frustra, senta-se ao computador e desabafa publicamente, esperando que alguém lhe traga palavras que amenizem a sua triste constatação.

Embora sabendo que esperar um alento é o mesmo que acreditar em Papai Noel, não custa acreditar, afinal, é Natal, época em que os problemas do mundo se extinguem e todos fingimos ser uma pessoa melhor. Me explica isso!!!

Eu me machuquei hoje
Pra ver se eu ainda sinto
Eu me concentro na dor
É a única coisa real.

Quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Vivemos em um mundo onde a ignorância é cultuada, a beleza é ridicularizada, o ridículo é superestimado, a inteligência é menosprezada, o vilão é defendido, o herói é vilipendiado, o errado é certo e o certo é careta. Isso ocorre em todos os sentidos, esferas, âmbitos, expressões culturais, metrópoles e pequenos aglomerados sociais. Que porra é essa que está acontecendo? Me explica isso!!!

Terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Hoje me deu uma puta vontade de falar sobre a amizade. Eu quis entender que ser é este que, em muitas situações, são mais importantes que nossos pais, irmãos, primos e afins. Bastou um copo de cerveja barata e escura, ao lado de um grande amigo, para gastar meia dúzia de palavras tortas sobre o tema.

De fato, não temos muitos amigos, temos conhecidos. Desafio qualquer um a contar nos dedos de uma mão as pessoas por quem você aceitaria arriscar a honra, a honestidade, o respeito, a cumplicidade e a confiança. São poucos. Eu mesmo posso garantir não ter mais que cinco. E eles sabem disso. Na verdade, são meus amigos aqueles que leem este post e pensam: "Eu faço parte desse grupo pequeno."

Me deprime ver aqueles que se vangloriam por ter milhares de amigos - ideológicos e virtuais -, mas não consegue cinco minutos de atenção para dividir suas frustrações, problemas e dúvidas.

Meus amigos sabem que tenho uma doença crônica; que meu pai morreu aos 47; que sou chato e teimoso, e que embora intempestivo, jamais sou inconsequente. Meus verdadeiros amigos riem comigo e nunca de mim; não me negam um abraço e tampouco esperam menos que isso; sentem, embora não consigam explicar, uma conexão que ultrapassa a mera casualidade e convivência; batem em minha porta quando a vida se mostra pesada demais.

Tenho amigos espalhados pelo mundo e me pergunto se as distâncias são capazes de encerrar uma grande amizade. Definitivamente, não. De vez em quando me bate uma saudade profunda dos tempos em que sentávamos lado a lado na sala de aula, ou de quando andávamos quilômetros em busca de diversão, ou ainda quando caminhávamos em noite de Natal conversando e roubando placas pela cidade, ou de quando passávamos noites em claro trabalhando e, ainda sim, se divertindo.

Agora, pouco antes de dormir, me traz alento saber que, onde quer que vocês estejam, estamos todos bem. Se você realmente tem amigos, me explica isso!!!

Domingo, 14 de dezembro de 2014

Ontem, voltando para casa como sempre faço nos últimos cinco anos, me veio uma sensação tremenda de desolação, como se algo sempre estivesse errado e, a cada metro percorrido, eu ficasse cada vez mais afundado neste erro. Foi um daqueles momentos "Neo do Matrix": a cena em que você já conhece aquela rua e sabe até onde ela o levará, e, mesmo sabendo disso, você a percorre todos os dias. Dessa vez, entretanto, algo me faz parar e pensar que aquilo simplesmente é pouco.

É o caminho que me leva pra casa, mas, neste dia, em especial, nunca foi tão estranho e surreal voltar ao lar. Eu pensei em tantas coisas ao mesmo tempo... quis escrever um livro, abandonar o carro e andar até gastar as solas do meu tênis, reescrever o passado, ter a grande ideia de um milhão de dólares, ser mais inconsequente, começar tudo de novo, voltar a ser EU, tudo isso sem ter a certeza de ser bom ou ruim.

Me ocorreu, ainda, a mais bela frase que se tem notícia, para dar início a uma composição não tão bela assim. Seria daquelas composições que arrancam suspiros, mas que se esquece segundos depois. E terminaria o soneto com uma pergunta, certo de que pudesse ser confundido com uma poesia famosa.

Meus pensamentos se esvaíram com a velocidade em que meu carro apontou no portão de minha casa, novamente, como a todos os dias normais, imutável. Isso já aconteceu com você? Explica pra mim!

13 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Cara, lendo esse texto, revivi um sentimento que me ocorreu a algum tempo atrás, antes da minha segunda filhota nascer. Acredito que seja mais comum do que possamos imaginar, pois, nós seres humanos temos a necessidade de nos mantermos felizes, quando tudo esta "redondinho", sentimos a falta de um novo desafio, um desafio que nos mantem na atividade, um sentimento de que estou nesse "mundão veio sem porteira" e não obtive um propósito...não é isso?... não sei...será?
    Todos nós temos duas linhas, a 1º a linha da razão, da consciência, e a 2 º é a linha da emoção, do sentimento mais profundo. Bom, acho que seguimos uma regra simples: DESAFIO, ADAPTAÇÃO E EVOLUÇÃO ( linha 1 ) e que essa regra ( no meu caso ) esta estagnada no setor da evolução, minhas filhas completam o dia a dia da minha evolução, assim como eu completo o dia a dia delas com os desafios e adaptações. Em paralelo tenho outra linha de desejos que me faz querer buscar sempre algo a mais, mas assim como aconteceu contigo, eles vem numa velocidade de dar inveja ao " the flash", nos enche de revoltas, idéias, vontades e medos e alguns quilômetros à frente "bummm" já se desintegraram em meros fragmentos de sensações.
    Isso nem nosso amigo Freud explicaria, são coisas que temos que sentir, tentar executa-las, guardar as boas sensações, curtir o bom e velho rock n' roll e ter história para contar.

    Guilherme Arenghi, 31 anos e paizão da '' lala e lolo ''

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    1. Gui, você resumiu com maestria o indivíduo perante a vida. Passei os últimos 11 anos inserido no Ensino Superior e, no primeiro ano que estive fora, parece que perdi o rumo totalmente. Isso porque, acredito, perdi grande parte da minha linha 1, sobretudo no que tange aos DESAFIOS e EVOLUÇÃO. Curiosamente - e talvez seja apenas uma consequência -, a linha emocional também se esfacelou nesse processo de mudança. Por sorte, você tem sua bela família, algo de valor incomensurável que sempre o empurra para frente e jamais o deixa esmorecer. Isso faz diferença também.
      Quanto ao outro assunto que mencionamos fora deste fórum, o que realmente importa é a educação que você dá às suas filhas, independentemente daquilo que elas verão pelo mundo. Embora amplo, o conceito de certo e errado pode ser transmitido de forma que elas mesmas possam, com o tempo, distinguir o bom do ruim, o trigo do joio. Entretanto, penso que as atitudes dos filhos refletem às dos pais, portanto, se você pregar intolerância e desrespeito, certamente elas terão este comportamento como algo comum e aceitável.
      É isso, brother!!! Espero que continue visitando o blog para trocarmos nossas ideias.

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  3. O Taz Fenomenológico

    Tabus, intrigas de governos e sociedades, ideias geniais que depois parecem bobas,
    dejávus, formigamentos telepáticos, ócio, fósseis de samambaias e animais
    pré-históricos, ufos, portas, dinheiro, time(s), fuligem lacrimal, realismo
    italiano, devaneios encadeados, pisca-pisca, flashs no trânsito, pressão do grupo,
    lembrança repentina, atmosfera, placa mãe e programação, lentes, ilusionismo, fogos
    de artifício, mísseis, relação ladrão versus polícia, animais domésticos, maturação,
    arte, mendicância, intuição, sobrevivência no limite, debates acalorados, ilusionismo,
    macro e microcosmos, saliva, linguagens visíveis e invisíveis, harmonia, identificação,
    gambiarra, projetos, navalha, simbolismo, ioga, reações químicas, flora, magnetismo,
    êxtase e depressão.

    Temos um prisma, uma torre de comando, um satélite interior. Do detectável ao indetectável,
    da projeção à introjeção. É uma refinaria de funil o desenvolvimento, a evolução acompanhada
    da intenção. Que fica cada vez menor no grão dado, a supraessência do cada e a profundidade
    da coisa sem generalização.

    Quando somos crianças facilitamos o certo e o errado a nosso favor. A disputa é mais bruta
    e inocente. Depois vamos precisando de argumentos, gráficos, análises, termos,
    impressões, disciplina, esforço.

    A revelação tem mais propriedade quando vemos o iceberg de submarino ao invés de navio
    e a montanha a pé ao invés de avião.

    Cronologicamente ficamos mais finos e morais graças à violência do que é oposto.

    Lendo pormenorizadamente é mais assertivo e a interpretação é um arpão numa lona cheia
    d'água.

    Ivan A.G.

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    1. Vindo de você, Ivan, deve fazer todo o sentido, porém, ainda não tenho envergadura intelectual suficiente para entendê-lo. Se posso concordar com algo, é que o tempo realmente molda as pessoas... o tempo e o meio em que estamos inseridos. O sociólogo francês Pierre Bourdieu já discorreu amplamente sobre este tema: a sociedade, o indivíduo e suas relações. Acredito que seu comentário flutue por essa teoria.
      Obrigado por participar do blog, meu amigo!!!

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    2. Tem a mente boa sim. Vou ler algo dele qualquer hora.
      Abraço e eu que agradeço,
      Ivan.

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  4. A essência na formação do CIDADÃO está em sua base familiar,os ensinamentos passados pelos pais conscientes da difícil missão em preparar seus filhos para viver sob o domínio de sua própria consciência por mais duros que pareçam são por AMOR .

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    1. Sabias palavras, meu grande amigo!!! Só quem viveu o que passamos consegue entender e se identificar com o texto. Também concordo com a prerrogativa de que a formação do HOMEM se inicia com uma boa base familiar. Mas, no final, tudo se resume no caráter e no entendimento que cada um tem sobre sua própria vida. Fico me perguntando como alguém pode crescer como ser humano sem enfrentar experiências ruins? Quem não nunca sentiu fome jamais vai entender o real valor de um prato de comida!!!

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  5. A essência na formação do CIDADÃO está em sua base familiar,os ensinamentos passados pelos pais conscientes da difícil missão em preparar seus filhos para viver sob o domínio de sua própria consciência por mais duros que pareçam são por AMOR .

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  6. Kralho meu irmão isso aqui é uma obra de arte... Agora estou aqui pensando sobre minha vida e por incrível que pareça meus também 33 anos... Sinistro isso em...

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  7. Que massa, Paulão!!! Estamos chegando num ponto interessante da vida, no qual os questionamentos sobre o futuro passam a ser mais latentes. Acredito que no final tudo dará certo, que nem filme romãntico!!! Até lá, temos que amargar as dúvidas e frustrações. Obrigado por participar do fórum!!!

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  8. o futuro só depende d nossas atitudes no presente!
    concordo plenamente com o q disse mano. Esses dias msm, me peguei pensando pq eu ainda nao estava numa universidade, com carro, moto, etc.. assim como alguns jovens da minha idade.
    E percebi q nao era pq eles tinham mais oportunidades, contatos. É simplesmente pq estao indo atras do q qerem, enquanto eu estava acomodado, na minha zona d conforto, sem tomar nenhuma atitude
    o q me faltava era vergonha na cara kkkkkk
    abraço
    Tutu

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    1. Admitir isso nunca é fácil, Tutu!!! Mas agora que você o fez, já sabe qual é o melhor caminho para evoluir pessoal e profissionalmente. É a merda do comodismo que destrói a gente. Enfim, espero que consiga aquilo que está buscando. Grande abraço e obrigado por participar do fórum!!!

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