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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Espaço aberto: Luciano Santos

Sobre abraços e o amor verdadeiro

Rufus, um lenhador apaixonado.
Há muito tempo alguém entrou em minha vida e rapidamente se tornou meu melhor sonho. Certa vez, esse sonho quase se tornou realidade, mas percebi que não era a hora certa. Entendi que deveria ter paciência e que mesmo não estando ao meu lado ela sempre estaria comigo. Quando a via com outro alguém sempre perguntava a mim mesmo como deixei aquilo acontecer. Por que não era eu a estar ao lado dela? Somente hoje sei.
Tentei enxergar outras flores no vasto jardim do mundo e acabei encontrando outras belezas puras e sinceras.
Por um tempo pensei ter encontrado aquilo que faltava em minha vida, mas o mesmo tempo passou e a vida me mostrou novamente que eu estava errado. Coincidência ou não, lá estávamos nós novamente, sozinhos, sem rumo e inconscientemente apaixonados. Tive receio em me atirar aos seus braços, pois não sabia se seria bem-vindo. E distante permaneci, até o um dia em que meu telefone tocou.
- Alô, tudo bem? – era ela com sua voz doce que soava como uma linda música para os meus ouvidos. Ela sabia que eu iria muito longe por ela, além até de onde eu imaginava ir. Ela prosseguiu.
- Quero te ver. – respondi que não e depois fiquei pensando sobre o tamanho da idiotice que havia cometido. Afinal de contas, quem em sã consciência se recusaria a ver o provável amor de sua vida? Confesso que ainda não sei o porquê daquela resposta. Por sorte ou providência, ela não desistiu de mim. Queria me ver!
Após algumas semanas, enfim nos reencontramos. Fiquei sem ação, com o estômago embrulhado, com mil coisas de moleque na cabeça e um medo terrível de ser rejeitado. Meus temores desapareceram assim que ela me abraçou; um abraço forte e carinhoso, daqueles que se quer ter por toda a vida. Dali em diante, ficamos juntos e ao mesmo tempo separados até o cair da madrugada. Senti que não podia mais esperar e simplesmente a beijei. Assim como em nosso primeiro beijo, novamente ficamos mudos, apenas olhando um ao outro. Nessas horas o mundo para e tudo o que importa é o momento. A sensação do toque se potencializa a níveis surreais e sentimos não ter condições de nos separar de quem amamos. Como eu esperei por aquilo.
Tudo aconteceu no exato momento em que minha maturidade extinguiu meu egoísmo. Eu estava pronto para me doar por inteiro e tentar ser feliz. Ela voltou para a terra da garoa e continuamos a nos falar por telefone, uma, duas, três, incontáveis vezes sem parar. Talvez esteja enganado, mas hoje me encontro em um relacionamento sem títulos, apenas sentimento. No nosso último encontro foi completamente maravilhoso, olho no olho, sentindo sua respiração próxima à minha. Pude ver em seus lindos olhos uma sinceridade que pensava não existir.
Antes de partir, senti que ela queria me dizer algo, mas ainda não se sentia segura para isso. Tive devaneios impensáveis, ânimo incalculável, expectativa exacerbada. E de repente ouvi o que há anos esperei.
- Amo você. – disse ela sem titubear.
Aquelas pequenas palavras fizeram com que um filme rodasse em minha cabeça, no qual, enfim, eu me tornara protagonista. Disse que a amava também, retribuindo com enorme satisfação. E embora pareça precipitado, acho que finalmente consegui entender o significado da palavra amor. Não direi seu nome, pois sei que este texto reflete o incondicional amor que sinto por ela.

2 comentários:

  1. Agora sim, Rufus!
    Você se tornou um autêntico literato do Brilhantismo. Poucas vezes na vida chorei tanto!!!

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  2. "love is in the air!!" ...o primeiro "eu te amo" de quem amamos é inesquecível, merecido texto!!

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