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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Espaço Aberto - Luciano Santos

A volta do Verme!  
Minhas sinceras desculpas ou memórias recentes de alguém que encontrou a felicidade. 

Ele voltou!
Ocorreu-me, após pensar nos momentos mais tranquilos da minha vida, o porquê de eu não ter escrito nada e não ter compartilhado nenhum momento da minha mudança? Posso dizer que, ao contrario de muitos, eu não faço propaganda da felicidade, pois existem muitas pessoas de índole duvidosa neste mundo. O que mudou em mim desde meu último texto? Basicamente, caro leitor, tudo!

Profissionalmente falando, vivo muito mais tranquilo, tenho tempo e, às vezes, posso viajar para ficar com minha noiva na Capital, e isso é o suficiente para mim (sim, senhores. Noiva! Foi isso mesmo que vocês acabaram de ler. Explico-me, em tempo). Pessoalmente, nem sei por onde começar! É mais ou menos assim: abandonei meu último projeto e me dei seis meses de férias. Eu nunca havia ficado mais do que dez dias em casa e tive a impressão de que nunca conseguiria ficar parado por tanto tempo. No primeiro mês, confesso: foi foda!

Não fiz nada de interessante e tive vontade de voltar a trabalhar, vontade esta que desapareceu junto à realização de um sonho de criança, um sonho de consumo, um sonho: comprei minha Harley (Confesso que é velha, é barulhenta, mas é minha!). Você, amigo leitor, pode dizer:
 

- Porra, mais você já não tinha moto?
E eu rapidamente responderia:
- Sim. Antes eu tinha moto, hoje tenho uma Harley!

Com ela, desde o primeiro dia, rolou uma paixão que até hoje só aumenta. Com essa moto eu comecei a viajar para onde o coração mandava. E meu coração só tem um destino, a Capital. Lá realizei outro sonho de menino do interior, que foi conhecer a grande metrópole e suas curiosidades, seus sabores e suas cores. Hoje, posso dizer que conheço um décimo desta gigantesca cidade, o que parece pouco, mas quando comparado à nossa querida Mogi Guaçu, torna-se um grande feito. Nunca sonhei em conhecer o mundo e acho até que agora isso é mais latente. Como diria um poeta em um bar qualquer, “Para quem não tem nada metade é o dobro”.

E lá estava eu, na casa da minha namorada (na época ainda era minha namorada!), tendo a oportunidade de pegar a moto e sair sem rumo entre os corredores formados por milhares de carros e conhecer um pouco do lugar. Um dia era uma oficina, outro um estúdio de tattoo, um parque, um bairro, uma loja, um teatro, um museu. Enfim, tudo que eu sempre via dentro da TV e do computador estava ali, ao alcance das minhas mãos e dos meus olhos.

Neste período, acabei fazendo algo que recomendo a todos que queiram “juntar as escovas de dente”. Um Test Drive! Não lhe parece genial, amigo leitor? Eu passei por seis TPM’s (Tensão Passível de Morte!) ao do lado da minha atual noiva e tirei de letra. Tão intenso foi o treinamento que nem tenho mais medo de ser assassinado enquanto durmo! Fora estes pequenos períodos de stress curti muito a rotina de um casal. Dormir e acordar acompanhado, supermercado, farmácia, cozinha, cinema, etc. Se queria espaço, tinha a vantagem de pegar a moto e seguir rumo ao interior, onde eu ficava dois ou três dias, tempo suficiente para a saudade bater.

Com o passar do tempo, decidi que era hora de procurar um trabalho e, com os olhos ofuscados pelo brilho da cidade grande, comecei a procurar emprego com a intenção de alugar um pequeno apartamento e começar uma nova vida. Porém, quando falei dos meus planos a minha namorada, presenciei uma reação que me espantou: ela entendeu tudo errado e os problemas vieram em avalanche. Ela entendeu o que quis entender e aquilo que eu dei margem para que ela entendesse. Ela pensou que eu me mudaria para casa dela definitivamente, algo que, naquele momento, ela não queria, pois julgava ser cedo demais.

Mesmo pensando diferente, resolvi não entrar em atrito e voltei para o interior. Em dois dias me vi empregado novamente, preso em uma rotina nova e maçante, com uma enorme saudade da liberdade e uma falta gigante da minha mulher. Tudo isso só fez crescer a vontade de estarmos juntos novamente, até que, em um fim de semana qualquer, decidimos que a hora estava chegando e a necessidade de estarmos juntos era maior do que qualquer coisa. Enfim, resolvemos nos casar! Disse “sim” na hora. Adoraria passar o resto da minha vida ao lado dela.

Depois disto, a felicidade preencheu cada pedaço do meu corpo e tive que aceitar o que sempre ouvi, mas sempre duvidei.
 
- Você não pensa em se casar por que não encontrou a pessoa certa!

E isso, amigos, é a mais pura verdade. Quando alguém te completa e te faz feliz, você quer manter isso para uma vida inteira, não se importando em abrir mão de todas as outras mulheres do mundo ou de perder a falsa liberdade de fazer tudo sem se preocupar com ninguém. Você só pensa em estar junto, acordar de manhã e ver a pessoa que ama ao seu lado, e perceber que ela também abriu mão de um monte de coisas para poder escrever uma história junto a você. Neste momento as dúvidas se esvaem e pensamos:
 
- Encontrei a Felicidade!
 
Ah, já ia me esquecendo do porquê de estar pedindo desculpas. Porque relatar a vocês, pacientes leitores, os momentos anteriores a este foi crucial para alcançar a minha felicidade. Foi a melhor experiência da minha vida, terapia insuperável. Portanto, peço desculpas por ter demorado tanto para expor o resultado da minha nova vida. Ainda nos veremos muito por aqui.

Um comentário:

  1. Eu sou a mulher mais completa e feliz do mundo!!! Amo você meu lindo!!!!

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