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quarta-feira, 24 de maio de 2017

O terror das autocracias

Manipulação e o poder das ideologias são temas de "A Onda"   
Baseado em fatos reais, longa alemão alerta para o perigo das novas autocracias.

Em abril de 1967, na Califórnia, o professor Ron Jones fez o experimento mostrado no filme
com os seus alunos, e o chamou de "Third Wave" (A Terceira Onda). Foto: Divulgação.
O filme alemão “A Onda” (original Die Welle), lançado em 2008 e dirigido por Dennis Gansel, apresenta um enredo envolvente, baseado em fatos reais, que traz Jürgen Vogel como Rainer, um professor adorado pelos alunos do Ensino Médio em uma escola alemã.

Durante uma semana especial sobre os Estados governamentais, Rainer fica responsável pelo tema Estado Autocrático e decide não só discutir o assunto com os alunos, mas também vivenciá-lo em sala, simulando um regime autocrático. 

Jürgen Vogel dá vida a Rainer, um professor que consegue mostrar aos seus
alunos que as ideologias ainda podem ser perigosas. (Foto: Divulgação)
Reverenciar o professor, usar uniformes, criar um cumprimento e excluir os outros que não participavam do grupo – intitulado A Onda – foram algumas atitudes iniciais aderidas pelos alunos, os quais, no entanto, tomam atitudes radicais e passam a adorar este novo sistema. Rainer, também muito envolvido com as aulas didáticas, não pôde enxergar as proporções do problema que criara e muito menos imaginar o desfecho que essa situação teria.

O enredo descreve com detalhes como o uso do poder e do convencimento pode gerar ideologias que alienam as massas, levando-as a tomar atitudes severas em defesa de uma causa ou de um líder.

Considerando que o drama ocorre na Alemanha, palco da autocracia nazista, na Segunda Guerra Mundial, que assassinou e torturou milhões de pessoas, A Onda toca novamente na ferida alemã ao relembrar como a população foi facilmente manipulada por Hitler, assim como os alunos foram pelo professor. O filme, sobretudo, revela que não é necessário estar em guerra para que se desenvolva um regime autocrático e que, ao ser facilmente manipulada e influenciada, a sociedade pode passar por problemas semelhantes aos do longa alemão.

Assista ao filme abaixo:




Resenha crítica produzida por Lorena Mizue Kihara, 17, aluna do curso de redação da Escola Estudo Mais de Mogi Guaçu.

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