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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Cada um por si e Deus por todos

Segundo Brentegani, o altruísmo é uma realidade improvável na
sociedade contemporânea.
Ao longo do tempo, foram muitas as manifestações de altruísmo que provocaram intensa mobilização da sociedade e visaram à promoção de benefícios ou à conquista de direitos às gerações futuras. No entanto, devido ao caráter egoísta do homem, predomina na cultura mundial uma inversão de valores, uma vez que as preocupações de um indivíduo para com outro consistem apenas em exceções, quando, de fato, deveriam ser uma regra.

Logo, ao analisar o comportamento humano nas relações sociais do cotidiano, concluiu-se que o homem é essencialmente individualista e ganancioso. Segundo a filosofia empirista defendida pelos ingleses Thomas Hobbes e John Locke, o ser humano é, por natureza, racional, utilitário e voltado,  principalmente, para a satisfação egoísta de seus próprios interesses e, portanto, a abnegação estaria fora de seu alcance.

Inspirado na mesma proposta, o filósofo alemão, Karl Marx, constatou em sua obra “O Capital” que o estabelecimento e o desenvolvimento do sistema capitalista contribuiu para a manutenção e acentuação do egocentrismo, visto que altera a dinâmica social e promove uma forte desigualdade econômica entre as classes, fato que descaracteriza os princípios morais e éticos de um ser abnegado.

O altruísmo e o pensamento a longo prazo, portanto, constituem uma realidade improvável no mundo contemporâneo. Embora ainda existam atitudes filantrópicas que demonstram preocupação com o próximo, elas tornam-se cada vez mais ausentes no dia a dia da sociedade, pois, em decorrência da valorização exacerbada do individualismo e da evolução do capitalismo globalizado, o humanitarismo faz-se um simples detalhe.

Redação produzida por Mateus Brentegani Rodrigues, estudante do segundo ano do Ensino Médio. 
Data: 08 de fevereiro de 2017.



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