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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Um pouco mais de "Revolução dos Bichos"

"Todos os animais são iguais, mas uns são
mais iguais que os outros."
Por andré Salvi

Uma das obras literárias mais conhecidas e aclamadas de George Orwell, a “Revolução dos Bichos” constitui-se como uma alegoria focada no regime totalitarista, característica marcante de vários de seus livros – como em 1984 –, que, neste caso, se estabelece após a Revolução Russa. O autor elabora fortes críticas ao Socialismo deste período por meio de animais de fazenda.

O livro conta a história de animais revoltados pela maneira como são tratados na chamada Granja do Sol, a qual é dominada após uma revolução liderada pelo porco Napoleão (Stálin). A partir de então, passam a seguir os “princípios do Animalismo”, que obtiveram sua essência criada pelo Velho Major (Lênin), porco que, antes de falecer, era o mais sábio dos bichos. Com o tempo, estes princípios foram mudando a favor do líder – Napoleão – e seus parceiros, os quais também sofreram mutações em seu comportamento. O desfecho é dado quando os porcos tornam-se, ideologicamente, aquilo que mais temiam: homens (czarismo).

A obra revela o desvio de valores morais e econômicos ocorrido na antiga União Soviética, sendo possível traçar paralelos entre as personagens e várias personalidades históricas, sobretudo Lênin, Stálin e Trótsky, ícones da revolução soviética. Além disso, pode-se relacionar o livro com a exploração de cidadãos por políticos corruptos. O ódio para com qualquer tipo de totalitarismo e a habilidade para exibir, de modo eufemista, suas críticas no decorrer das páginas fez de George Orwell uma das pessoas mais conhecidas na literatura britânica e mundial.

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