O que aconteceria se confrontássemos nosso eu atual com o eu que se perdeu no passado?
Eu diria, sem dúvidas, sinto muito.
Adeus
...e
porque hoje acordei diferente
estado
estranho, inconsciente,
trovei
estrofes como nunca fiz
de
maneira quase singela, pueril,
verbalizei
o que pareceu puro,
infame
eu, sob os versos que nunca fiz,
nestas
linhas tortas, lisonja vil.
Por
quanto tempo estive longe?
Sobre
as folhas que um dia emanaram
palavras
que o seu amor, tão meu,
preso
em meus dedos, seguro,
por
entre eles escapou.
Se
também não há sentido, sinto pouco
e
jamais haveria de saber o porquê,
ou
o que se levantou de mim que não eu.
Sim,
causou-me estranheza ser
e
o que não sou, é o que não te fazia feliz.
Por
assim voltei, triste como o passado
para
não mais estar aqui,
perdido no nunca, ausência esperada,
o eu confuso que volta à cama
e dorme para se esquecer.
Mogi Guaçu, 26 de janeiro de 2016.
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