Ridley Scott: poucos sorrisos e muita paixão pela ficção científica (Foto: Divulgação) |
A pequena cidade costeira South Shields,
na Inglaterra, é o berço de um dos mais renomados diretores de cinema do mundo:
Ridley Scott. Apesar de pequena, com pouco mais de oito mil habitantes, a
cidade não pôde impedir que o cineasta realizasse obras que despertariam
emoções distintas nos mais variados públicos. Antes de ser reconhecido
mundialmente, no entanto, o inglês já tinha um nome forte no mercado
publicitário de seu país. Foi lá, ainda no começo da carreira, que ele e seu
irmão Tony Scott (diretor de Top Gun -
Ases Indomáveis e Chamas da Vingança,
morto em 2012, após cometer suicídio), abriram uma premiada agência de
propaganda. O pulo para a sétima arte, entrementes, era algo esperado.
Um consenso sobre a filmografia de
Ridley é sua habilidade de navegar por vários gêneros. Por exemplo, um de seus
filmes mais apreciados é um terror-espacial considerado clássico pelos amantes
de cinema: Alien – O Oitavo Passageiro,
de 1979. Apenas três anos mais tarde,
o mundo se extasiou com Blade Runner – O
Caçador de Androides, em 1982, hoje, uma obra cult.
Em 1985, bem antes da saga O Senhor dos Anéis ser idolatrada por
crítica e público, Scott já havia mostrado em A Lenda, com certo Tom Cruise ainda em início de carreira, ser possível
realizar filmes de fantasia com maestria.
Passou pelo drama, filmes de guerra,
comédias, espionagem e épicos históricos. Recebeu, ao longo da vida, três
indicações ao Oscar de melhor diretor. Uma delas, pasmem, por aquele filme
protagonizado por um tal Russel Crowe vivendo um general do exército romano e,
posteriormente, traído e reduzido a escravo. Gladiador!
A carreira eclética de Scott poderia
muito bem ser uma catástrofe nas mãos de outro realizador. Felizmente, o
velhinho sabe fazer cinema. O distanciamento do comodismo talvez tenha sido, e
é, um dos maiores motivadores na carreira do cineasta. Mesmo em constante
transição por gêneros, ele nunca ficou aquém do esperado pela sua capacidade de
contar histórias.
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