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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Viagem ao passado: a saga “O Exterminador do Futuro”

Muito além de bordões e tiros, história criada por James Cameron explora a dependência humana para com as máquinas.
T-800 pronto para a ação em Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (FOTOS: DIVULGAÇÃO)
Quando o ciborgue T-800, da franquia O Exterminador do Futuro, enuncia a clássica frase “I Will Be Back” (Eu voltarei!), pode apostar que ele fala sério e, mais uma vez, cumpre o prometido. Em exibição nos cinemas nacionais, o capítulo cinco da saga pós-apocalíptica explora, pela primeira vez, os perigos de viagens no tempo. Temática obviamente já vista na série, porém, ainda não esmiuçada.

Antes de Genesis, porém, muitas reviravoltas e mortes ocorreram na saga que teve início nos longínquos anos 80. Atualmente, buscando atingir um público novo, a história de um robô enviado ao passado já rendeu ótimos e clássicos filmes. Obras que, por sinal, valem rever!

Voltando ao passado

O roteiro do primeiro O Exterminador do Futuro foi escrito pelo cineasta James Cameron (Titanic e Avatar). O diretor teve um sonho no qual um corpo metálico saía de uma explosão. O restante do enredo? Referências de filmes de ficção dos anos 50 e 60, bem como o interesse do público dos anos 80 por temas científicos.

Emilia Clarke interpreta Sarah Connor no mais recente filme da franquia,
O Exterminador do Futuro: Genesis.
A premissa é simples: um supercomputador criado para a rede de defesa americana começa a agir de modo autônomo. A humanidade, por outro lado, é vista e tratada como uma ameaça. O clímax desse conflito? Guerra nuclear, o que dizima boa parte da vida no planeta. Visando a evitar a criação da resistência humana, a Skynet – inteligência artificial responsável pelo genocídio – envia um ciborgue (Arnold Schwarzenegger) para o passado, com a missão de matar a mãe do líder John Connor antes que esse nasça.

O segundo longa, de 1992, foi lançado com o roteiro semelhante ao filme inaugural. A diferença é que o vilão enviado ao passado, no entanto, é extremamente mais sofisticado que o assassino cibernético da primeira parte da saga. O batizado T-1000, além de um arsenal bélico próprio, possuía a capacidade de se tornar líquido e, também, se tornar clone de suas vítimas. Sua missão? Exterminar John Connor. No caminho dele, no entanto, os líderes humanos do futuro enviaram o mesmo T-800 (Schwarzenegger) ao passado, o qual foi reprogramado para impedir a morte do futuro salvador da humanidade.

Após uma década sem produzir e participar de qualquer filme de James Cameron, o diretor Jonathan Mostow lançou, em 2003, a Rebelião das Máquinas, capítulo que, finalmente, mostrava o tão temido e iminente apocalipse dos dois primeiros longas da franquia. Ação digna e elenco competente.

James Cameron no set de filmagens de O Exterminador do Futuro.
Máquinas paradas

Em 2009, O Exterminador do Futuro: A Salvação enterrou, por um tempo, qualquer intenção da indústria hollywoodiana em produzir um novo filme da franquia.  Apesar de conduzir bem a história, o diretor McG pecou no desenvolvimento de personagens centrais. Exemplo disso é omitir como foi a chegada de John Connor ao poder. Sequência citada em todos os capítulos da franquia, mas completamente ignorada em T4. Justamente esse, que, ineditamente, mostrava o futuro pós-guerra nuclear.

Em A Salvação, no entanto, a paleta de cores “a lá Mad Max” é um trunfo visual, bem como a ação bem dirigida. Destaque para a cena em que John Connor (Christian Bale) nos faz, literalmente, entrar no meio da batalha quando somos lançados ao chão dentro de um helicóptero da Resistência Humana.
 

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