Muito além de bordões e tiros, história criada por James Cameron
explora a dependência humana para com as máquinas.
T-800 pronto para a ação em Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (FOTOS: DIVULGAÇÃO) |
Quando o ciborgue T-800, da franquia O Exterminador do Futuro, enuncia a
clássica frase “I Will Be Back” (Eu
voltarei!), pode apostar que ele fala sério e, mais uma vez, cumpre o
prometido. Em exibição nos cinemas nacionais, o capítulo cinco da saga
pós-apocalíptica explora, pela primeira vez, os perigos de viagens no tempo.
Temática obviamente já vista na série, porém, ainda não esmiuçada.
Antes de Genesis, porém, muitas reviravoltas e mortes ocorreram na saga que
teve início nos longínquos anos 80. Atualmente, buscando atingir um público
novo, a história de um robô enviado ao passado já rendeu ótimos e clássicos
filmes. Obras que, por sinal, valem rever!
Voltando
ao passado
O roteiro do primeiro O Exterminador do Futuro foi escrito
pelo cineasta James Cameron (Titanic e Avatar). O diretor teve um sonho no qual
um corpo metálico saía de uma explosão. O restante do enredo? Referências de
filmes de ficção dos anos 50 e 60, bem como o interesse do público dos anos 80
por temas científicos.
Emilia Clarke interpreta Sarah Connor no mais recente filme da franquia, O Exterminador do Futuro: Genesis. |
A premissa é simples: um supercomputador
criado para a rede de defesa americana começa a agir de modo autônomo. A
humanidade, por outro lado, é vista e tratada como uma ameaça. O clímax desse
conflito? Guerra nuclear, o que dizima boa parte da vida no planeta. Visando a evitar
a criação da resistência humana, a Skynet – inteligência artificial responsável
pelo genocídio – envia um ciborgue (Arnold Schwarzenegger) para o passado, com
a missão de matar a mãe do líder John Connor antes que esse nasça.
O segundo longa, de 1992, foi lançado
com o roteiro semelhante ao filme inaugural. A diferença é que o vilão enviado
ao passado, no entanto, é extremamente mais sofisticado que o assassino
cibernético da primeira parte da saga. O batizado T-1000, além de um arsenal
bélico próprio, possuía a capacidade de se tornar líquido e, também, se tornar
clone de suas vítimas. Sua missão? Exterminar John Connor. No caminho dele, no
entanto, os líderes humanos do futuro enviaram o mesmo T-800 (Schwarzenegger)
ao passado, o qual foi reprogramado para impedir a morte do futuro salvador da
humanidade.
Após uma década sem produzir e
participar de qualquer filme de James Cameron, o diretor Jonathan Mostow
lançou, em 2003, a Rebelião das Máquinas,
capítulo que, finalmente, mostrava o tão temido e iminente apocalipse dos
dois primeiros longas da franquia. Ação digna e elenco competente.
Em 2009, O Exterminador do Futuro: A Salvação enterrou, por um tempo,
qualquer intenção da indústria hollywoodiana em produzir um novo filme da
franquia. Apesar de conduzir bem a história,
o diretor McG pecou no desenvolvimento de personagens centrais. Exemplo disso é
omitir como foi a chegada de John Connor ao poder. Sequência citada em todos os
capítulos da franquia, mas completamente ignorada em T4. Justamente esse, que, ineditamente, mostrava o futuro
pós-guerra nuclear.
Em A
Salvação, no entanto, a paleta de
cores “a lá Mad Max” é um trunfo
visual, bem como a ação bem dirigida. Destaque para a cena em que John Connor
(Christian Bale) nos faz, literalmente, entrar no meio da batalha quando somos
lançados ao chão dentro de um helicóptero da Resistência Humana.
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