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"Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais que os outros." |
Por andré Salvi
Uma das obras literárias mais
conhecidas e aclamadas de George Orwell, a “Revolução dos Bichos” constitui-se
como uma alegoria focada no regime totalitarista, característica marcante de
vários de seus livros – como em 1984 –, que, neste caso, se estabelece após a
Revolução Russa. O autor elabora fortes críticas ao Socialismo deste período
por meio de animais de fazenda.
O
livro conta a história de animais revoltados pela maneira como são tratados na
chamada Granja do Sol, a qual é dominada após uma revolução liderada pelo porco
Napoleão (Stálin). A partir de então, passam a seguir os “princípios do
Animalismo”, que obtiveram sua essência criada pelo Velho Major (Lênin), porco
que, antes de falecer, era o mais sábio dos bichos. Com o tempo, estes
princípios foram mudando a favor do líder – Napoleão – e seus parceiros, os
quais também sofreram mutações em seu comportamento. O desfecho é dado quando
os porcos tornam-se, ideologicamente, aquilo que mais temiam: homens (czarismo).
A
obra revela o desvio de valores morais e econômicos ocorrido na antiga União
Soviética, sendo possível traçar paralelos entre as personagens e várias
personalidades históricas, sobretudo Lênin, Stálin e Trótsky, ícones da
revolução soviética. Além disso, pode-se relacionar o livro com a exploração de
cidadãos por políticos corruptos. O ódio para com qualquer tipo de
totalitarismo e a habilidade para exibir, de modo eufemista, suas críticas no
decorrer das páginas fez de George Orwell uma das pessoas mais conhecidas na
literatura britânica e mundial.
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