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O anti-herói Holden Caulfield, ou coisa que o valha. |
Por Mateus Brentegani
Escrito em 1951, pelo
norte-americano Jerome David Salinger, a obra “O Apanhador no Campo de Centeio”
representa um dos melhores e mais polêmicos clássicos literários já publicados.
Devido aos ideais ousados e revolucionários da personagem principal, a obra
provocou um grande abalo à sociedade da época, marcada pela submissão ao
sistema governamental nazista.
O
autor narra, de maneira simples e coloquial, um fim de semana inusitado na vida
de um adolescente – Holden Caulfield – de 16 anos, que, após ser expulso de um
internato para rapazes na Pensilvânia, retorna a Nova Iorque, completamente sem
pretensões. A caminho de casa, Holden revela, abertamente, suas reflexões,
visões sobre a sociedade e o mundo, além de suas perspectivas para o futuro,
circunstâncias que apresentam toda a moral da obra.
Longe
de ser exemplo, Holden torna-se uma espécie de anti-herói, em virtude de seu
caráter inseguro e rebelde. Porém, foi justamente esta personalidade imatura que
atraiu e conquistou diversos elogios, justificados pela proximidade adquirida
pelos leitores.
Em
geral, o livro é surpreendente, pois apesar ter sido escrito há 65 anos,
apresenta visões e ideais contemporâneos que fazem com que nos identifiquemos
com a personagem, características fundamentais para o reconhecimento e a
conservação da identidade de uma obra espetacular.
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