Trilogia oitentista
desperta, ainda hoje, pensamentos angustiantes de uma Terra caótica habitada
por libertários fundamentalistas.
A nova cara da loucura: Tom Hardy encarna Mad Max para uma nova geração (Divulgação) |
Imagine-se vivendo em um futuro em que as
cidades estão em ruínas e o deserto e o calor fazem parte do cotidiano outrora
pacífico. Mad Max, longa-metragem do
cineasta George Miller, instaurou na sétima arte, em 1979, a visão de mundo
pós-apocalíptico que, até hoje, é referência para tantas outras obras. E mais,
catapultou a carreira do até então desconhecido Mel Gibson.
A saga do ex-policial rodoviário Max
Rockatansky, com Gibson no elenco, surtiu três filmes: Mad Max (1979), Mad Max 2: A
Caçada Continua (1981) e Mad Max:
Além da Cúpula do Trovão (1982). O enredo, apesar de simples, é uma crítica
à sociedade. No cenário futurista criado por Miller, libertários
fundamentalistas são os substitutos do Estado, não há leis e tampouco um governo
a ser seguido. As pessoas estão à mercê de sádicos e, inclusive, extremistas
religiosos. A moeda desse mundo? Petróleo e água.
Mel Gibson caminhando sob o ardente sol australiano em início de carreira (Divulgação) |
Trinta anos após sua última aparição no
cinema, o viajante solitário retorna em forma de blockbuster e, dessa vez, com Tom Hardy (o vilão Bane
de Batman: O Cavaleiro das Trevas
Ressurge) no papel principal. Miller, mais uma vez, acaba por manter as
características clássicas do anti-herói, porém, reinventa o cinema de ação
deixando os atuais produtos cinematográficos no chinelo. Assim como o primeiro
filme, lá de 1979, Mad Max: A Estrada da
Fúria (2015) tem sido considerado pela crítica mundial um clássico
instantâneo e modelo de “cinemão” a ser seguido pela nova onda de cineastas.
Chama atenção a idade – 70 anos – e experiência
do cineasta que, mesmo após tanto tempo longe da cadeira de diretor, emprega
fôlego a uma franquia clássica da década de 1980. Em suma, o novo Mad Max é um
reboot à altura da trilogia clássica do ex-policial. Se você não viu os
originais, não há problema. Entretanto, vale a pena rever esses filmes
oitentistas que, mesmo hoje, nunca foram tão atuais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário