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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Mad Max: o futuro pertence aos loucos

Trilogia oitentista desperta, ainda hoje, pensamentos angustiantes de uma Terra caótica habitada por libertários fundamentalistas.
A nova cara da loucura: Tom Hardy encarna Mad Max para uma nova geração (Divulgação)
Imagine-se vivendo em um futuro em que as cidades estão em ruínas e o deserto e o calor fazem parte do cotidiano outrora pacífico. Mad Max, longa-metragem do cineasta George Miller, instaurou na sétima arte, em 1979, a visão de mundo pós-apocalíptico que, até hoje, é referência para tantas outras obras. E mais, catapultou a carreira do até então desconhecido Mel Gibson.

A saga do ex-policial rodoviário Max Rockatansky, com Gibson no elenco, surtiu três filmes: Mad Max (1979), Mad Max 2: A Caçada Continua (1981) e Mad Max: Além da Cúpula do Trovão (1982). O enredo, apesar de simples, é uma crítica à sociedade. No cenário futurista criado por Miller, libertários fundamentalistas são os substitutos do Estado, não há leis e tampouco um governo a ser seguido. As pessoas estão à mercê de sádicos e, inclusive, extremistas religiosos. A moeda desse mundo? Petróleo e água.

Mel Gibson caminhando sob o ardente sol australiano
em início de carreira (Divulgação)
Trinta anos após sua última aparição no cinema, o viajante solitário retorna em forma de blockbuster e, dessa vez, com Tom Hardy (o vilão Bane de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge) no papel principal. Miller, mais uma vez, acaba por manter as características clássicas do anti-herói, porém, reinventa o cinema de ação deixando os atuais produtos cinematográficos no chinelo. Assim como o primeiro filme, lá de 1979, Mad Max: A Estrada da Fúria (2015) tem sido considerado pela crítica mundial um clássico instantâneo e modelo de “cinemão” a ser seguido pela nova onda de cineastas.

Chama atenção a idade – 70 anos – e experiência do cineasta que, mesmo após tanto tempo longe da cadeira de diretor, emprega fôlego a uma franquia clássica da década de 1980. Em suma, o novo Mad Max é um reboot à altura da trilogia clássica do ex-policial. Se você não viu os originais, não há problema. Entretanto, vale a pena rever esses filmes oitentistas que, mesmo hoje, nunca foram tão atuais. 


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