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Segundo Brentegani, o altruísmo é uma realidade improvável na sociedade contemporânea. |
Ao longo
do tempo, foram muitas as manifestações de altruísmo que provocaram intensa
mobilização da sociedade e visaram à promoção de benefícios ou à conquista de direitos
às gerações futuras. No entanto, devido ao caráter egoísta do homem, predomina na
cultura mundial uma inversão de valores, uma vez que as preocupações de um
indivíduo para com outro consistem apenas em exceções, quando, de fato, deveriam ser uma regra.
Logo, ao
analisar o comportamento humano nas relações sociais do cotidiano, concluiu-se
que o homem é essencialmente individualista e ganancioso. Segundo a filosofia
empirista defendida pelos ingleses Thomas Hobbes e John Locke, o ser humano é,
por natureza, racional, utilitário e voltado, principalmente, para a satisfação egoísta de
seus próprios interesses e, portanto, a abnegação estaria fora de seu alcance.
Inspirado
na mesma proposta, o filósofo alemão, Karl Marx, constatou em sua obra “O
Capital” que o estabelecimento e o desenvolvimento do sistema capitalista contribuiu
para a manutenção e acentuação do egocentrismo, visto que altera a dinâmica
social e promove uma forte desigualdade econômica entre as classes, fato que
descaracteriza os princípios morais e éticos de um ser abnegado.
O
altruísmo e o pensamento a longo prazo, portanto, constituem uma realidade
improvável no mundo contemporâneo. Embora ainda existam atitudes filantrópicas
que demonstram preocupação com o próximo, elas tornam-se cada vez mais ausentes
no dia a dia da sociedade, pois, em decorrência da valorização exacerbada do
individualismo e da evolução do capitalismo globalizado, o humanitarismo faz-se
um simples detalhe.
Redação produzida por Mateus Brentegani Rodrigues, estudante do segundo
ano do Ensino Médio.
Data: 08 de fevereiro de 2017.
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