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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Pioneirismo: Letra e Cultura será o 1º jornal de Mogi Guaçu voltado à cultura e à educação

Jornal Letra e Cultura chega às bancas no
dia 1º de julho (Divulgação)
Segundo idealizador, objetivo principal é levar informação relevante a estudantes e à população em geral.

A partir do dia 1º de julho, Mogi Guaçu passa a ter seu primeiro jornal impresso especializado em cultura, entretenimento e educação. O Jornal Letra e Cultura chega como um periódico mensal composto, inicialmente, de 12 páginas coloridas, com tiragem de três mil exemplares e circulação nas cidades de Mogi Guaçu (SP), Mogi Mirim (SP) e Estiva Gerbi (SP).

Voltado para pessoas com idade a partir de sete anos, o impresso oferece conteúdo calcado nas diversas expressões culturais, com especial ênfase em música, cinema, teatro e eventos culturais em geral. O projeto é a expansão do blog segmentado Letra e Cultura (letraecultura.blogspot.com.br), criado e mantido pelo jornalista e professor Tarcísio Luis Zagato, desde fevereiro de 2011.

Segundo o blogueiro, a versão impressa do Letra e Cultura partiu da boa visitação atingida pelo veículo na internet e pelos inúmeros pedidos de seguidores que querem ver nas bancas guaçuanas um jornal com conteúdo leve, agregador e educativo. “Este ano, o blog ultrapassou 100 mil visualizações, que é uma marca relativamente boa em se tratando de um veículo regional que só produz informação cultural. Com este desempenho, aliado à aceitação dos visitantes e a ausência de um jornal segmentado de cultura na cidade, decidi tirar o blog da esfera virtual e também colocá-lo no papel”, explica Zagato.

No entanto, a iniciativa pioneira de produzir um jornal específico de cultura e levá-lo às bancas da cidade não são os objetivos principais do projeto, revela o jornalista. “Queremos, sim, criar o primeiro jornal especializado em cultura e educação de Mogi Guaçu, com foco no desenvolvimento cultural da população. De fato, temos essa intenção. Entretanto, a meta principal é inserir o jornal na rede municipal de ensino como material paradidático de iniciação e incentivo à leitura”, projeta.

De acordo com Zagato, o jornal está sendo elaborado de forma voluntária por professores, educadores e profissionais de jornalismo, contudo, a produção em escala para atender a rede municipal de ensino está condicionada ao apoio de órgãos públicos e da iniciativa privada. “Vamos oferecer, gratuitamente, informação cultural de qualidade à população. A linha editorial do jornal foca totalmente em conteúdo, com pouquíssimas áreas de anúncio. A receita gerada com estes poucos anúncios servirá apenas para custear uma tiragem mínima, algo em torno de três mil exemplares, apenas para suprir as bancas”, diz o jornalista, que continua. “Para levar este material às escolas e atingir nosso grande objetivo, precisaremos do apoio de empresas e também das secretarias municipais interessadas em desenvolver a educação e o nível cultural dos estudantes guaçuanos e da população como um todo”, conclui.

Atendendo a pedidos

O Jornal Letra e Cultura também terá a incumbência de criar um público consumidor de cultura para os eventos promovidos no Centro Cultural da cidade, sobretudo no Teatro Tupec.

No final de maio, em entrevista ao Jornal L&C, o secretário de Cultura de Mogi Guaçu, Luiz Carlos Ferreira, apontou a falta de plateia o maior problema enfrentando pela pasta nesta gestão. “São poucos aqueles que acompanham a divulgação dos eventos através da imprensa falada e escrita, principalmente a internet. A maioria não sabe que existem eventos porque não tem como obter essa informação a respeito do que está acontecendo na área da cultura”, reclamou.

Com o novo impresso segmentado, este problema deve ser amenizado, garante Zagato. “Vamos divulgar e ampliar a cobertura jornalística cultural de Mogi Guaçu, atendendo às necessidades de criação e fidelização de público para as demandas da Secretaria de Cultura, conforme mencionado pelo Secretário.”

Em defesa da cultura

Questionado sobre a importância de um jornal de cultura na cidade, o blogueiro defendeu a ideia de que cidadãos culturalmente preenchidos tendem a se desenvolver melhor individual e socialmente. “A cultura, quando bem trabalhada, pode se tornar parte essencial da vida e do cotidiano de uma sociedade, trazendo benefícios substanciais aos indivíduos que a integram. A premissa reforça que o ser culturalmente preenchido fortalece sua identidade pessoal e ganha nova consciência sobre cidadania e convívio social, compreendendo, assim, sua importância e seu papel na comunidade em que está inserido”, finaliza.

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