Jornal Letra e Cultura chega às bancas no dia 1º de julho (Divulgação) |
Segundo idealizador, objetivo principal
é levar informação relevante a estudantes e à população em geral.
A partir do dia 1º de julho, Mogi Guaçu
passa a ter seu primeiro jornal impresso especializado em cultura,
entretenimento e educação. O Jornal Letra e Cultura chega como um periódico
mensal composto, inicialmente, de 12 páginas coloridas, com tiragem de três mil
exemplares e circulação nas cidades de Mogi Guaçu (SP), Mogi Mirim (SP) e
Estiva Gerbi (SP).
Voltado para pessoas com idade a partir
de sete anos, o impresso oferece conteúdo calcado nas diversas expressões
culturais, com especial ênfase em música, cinema, teatro e eventos culturais em
geral. O projeto é a expansão do blog segmentado Letra e Cultura
(letraecultura.blogspot.com.br), criado e mantido pelo jornalista e professor
Tarcísio Luis Zagato, desde fevereiro de 2011.
Segundo o blogueiro, a versão impressa
do Letra e Cultura partiu da boa visitação atingida pelo veículo na internet e
pelos inúmeros pedidos de seguidores que querem ver nas bancas guaçuanas um
jornal com conteúdo leve, agregador e educativo. “Este ano, o blog ultrapassou
100 mil visualizações, que é uma marca relativamente boa em se tratando de um
veículo regional que só produz informação cultural. Com este desempenho, aliado
à aceitação dos visitantes e a ausência de um jornal segmentado de cultura na
cidade, decidi tirar o blog da esfera virtual e também colocá-lo no papel”, explica
Zagato.
No entanto, a iniciativa pioneira de produzir
um jornal específico de cultura e levá-lo às bancas da cidade não são os
objetivos principais do projeto, revela o jornalista. “Queremos, sim, criar o
primeiro jornal especializado em cultura e educação de Mogi Guaçu, com foco no
desenvolvimento cultural da população. De fato, temos essa intenção. Entretanto,
a meta principal é inserir o jornal na rede municipal de ensino como material
paradidático de iniciação e incentivo à leitura”, projeta.
De acordo com Zagato, o jornal está
sendo elaborado de forma voluntária por professores, educadores e profissionais
de jornalismo, contudo, a produção em escala para atender a rede municipal de
ensino está condicionada ao apoio de órgãos públicos e da iniciativa privada. “Vamos
oferecer, gratuitamente, informação cultural de qualidade à população. A linha
editorial do jornal foca totalmente em conteúdo, com pouquíssimas áreas de
anúncio. A receita gerada com estes poucos anúncios servirá apenas para custear
uma tiragem mínima, algo em torno de três mil exemplares, apenas para suprir as
bancas”, diz o jornalista, que continua. “Para levar este material às escolas e
atingir nosso grande objetivo, precisaremos do apoio de empresas e também das
secretarias municipais interessadas em desenvolver a educação e o nível
cultural dos estudantes guaçuanos e da população como um todo”, conclui.
Atendendo
a pedidos
O Jornal Letra e Cultura também terá a incumbência
de criar um público consumidor de cultura para os eventos promovidos no Centro
Cultural da cidade, sobretudo no Teatro Tupec.
No final de maio, em entrevista ao Jornal
L&C, o secretário de Cultura de Mogi Guaçu, Luiz Carlos Ferreira, apontou a
falta de plateia o maior problema enfrentando pela pasta nesta gestão. “São
poucos aqueles que acompanham a divulgação dos eventos através da imprensa
falada e escrita, principalmente a internet. A maioria não sabe que existem
eventos porque não tem como obter essa informação a respeito do que está
acontecendo na área da cultura”, reclamou.
Com o novo impresso segmentado, este
problema deve ser amenizado, garante Zagato. “Vamos divulgar e ampliar a
cobertura jornalística cultural de Mogi Guaçu, atendendo às necessidades de
criação e fidelização de público para as demandas da Secretaria de Cultura,
conforme mencionado pelo Secretário.”
Em
defesa da cultura
Questionado sobre a importância de um jornal de cultura na cidade, o blogueiro defendeu a ideia de que cidadãos culturalmente preenchidos
tendem a se desenvolver melhor individual e socialmente. “A
cultura, quando bem trabalhada, pode se tornar parte essencial da vida e do
cotidiano de uma sociedade, trazendo benefícios substanciais aos indivíduos que
a integram. A premissa reforça que o ser culturalmente preenchido fortalece sua
identidade pessoal e ganha nova consciência sobre cidadania e convívio social,
compreendendo, assim, sua importância e seu papel na comunidade em que está
inserido”, finaliza.
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