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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Provas chegando!

Inscrições seguem até 11 de setembro (Foto: Reprodução)
Fatec de Mogi Mirim abre inscrições para vestibular.

A Faculdade de Tecnologia (Fatec "Arthur Azevedo") de Mogi Mirim está divulgando o vestibular para o primeiro semestre de 2016. As provas acontecem nas dependências da Fatec, no dia 6 de dezembro. As inscrições tiveram início no último dia 7 e se estendem até 11 de novembro, às 15h.

A instituição oferece cursos presenciais de Análise de Desenvolvimento de Sistemas (80 vagas), Mecatrônica Industrial (40 vagas), Projetos Mecânicos (80) e Gestão Empresarial (ensino a distância, 40 vagas). 

Mais informações podem ser conferidas no site www.vestibularfatec.com.br ou pela central 0800 596 9696.

Em Itapira

A Fatec de Itapira "Ogari de Castro Pacheco" também promove vestibular simultaneamente à Fatec de Mogi Mirim, porém, as provas serão realizadas na Rua Tereza Lera Paoletti, 570, Jardim Bela Vista. 

A faculdade oferece cursos presenciais de Gestão de Tecnologia da Informação e de Gestão de Produção Industrial, ambos com 40 vagas, no período noturno. (nota informativa produzida por Matheus Brentegani, aluno do Curso de Redação Jornalística da Escola Estudo Mais)



quinta-feira, 8 de outubro de 2015

História para boi dormir: Você já foi enganado por um Hoax?

Vítimas fáceis dos embustes do mundo digital, internautas consomem e propagam todo tipo de informação, sobretudo as mentirosas.   

O poema de autoajuda em destaque é da escritora norte-americana Veronica Shoffstall. Ela escreveu-o quando tinha 19 anos de idade, no livro de formatura de sua highschool, uma tradição nos Estados Unidos. Caso ainda esteja indagando-se sobre o título da matéria e a relação que ele tem com o poema, calma, camaradas, eu chego lá!

Hoax, vernáculo da Língua Inglesa, tem sua tradução literal como “embuste” (adoro essa palavra!). Segundo o oráculo de delfos digital (também conhecido como Google!), a palavra embuste significa engano, estratagema, mentira. Mas não pense errado, amigo leitor, foi Veronica que escreveu o poema e não o contrário! Ela é vítima nessa história, já que sua obra foi “roubada”, nada menos, pelo maior poeta e dramaturgo do mundo, William Shakespeare, rebatizada, conseguintemente, de O Menestrel.

A versão original do poema foi registrada em 1971; Shakespeare morreu em 23 de abril de 1616. Então, como ele pôde ter “plagiado” a obra? Simples a resposta: ambos foram vítimas de hoaxes, e eles tornaram-se tão imensos que, se você digitar o começo do poema em algum buscador digital, aparecerão milhares de referências para Shakespeare e apenas algumas poucas mil para Veronica. Outra coisa bizarra é que, a cada pesquisa que se faz sobre a obra, ela aumenta de tamanho, tornando-se um hoax “mutante”.

Decidi desmistificar este hoax histórico porque me lembrei dele em uma ocasião mais comezinha que aconteceu outro dia aqui em casa. Voltando do trabalho, minha mãe chegou branca em casa, atônita. Gritando à porta, revelou a bomba: “O congresso nacional aprovou o fim do 13° salário e agora é oficial”. Eu, preocupado-desconfiado, perguntei. “Mãe, onde foi que a Sr.ª ouviu isso?” Ela prontamente respondeu. “Uma amiga minha do trabalho viu no grupo do WhatsApp”.

Pacientemente, liguei a televisão e coloquei em algum canal de notícias 24h, pois tal “bomba” estaria sendo noticiada aos quatro ventos. Ficamos quase uma hora em frente à TV e nada. Sim, ela também fora vítima.

Poema de Veronica Shoffstall atribuído a Shakespeare. 
Existem outros exemplos emblemáticos de hoax, tais como “Senado aprova ‘bolsa prostituta’ de R$ 2 mil”, “A morte (anual!) de Silvio Santos” e “Como mudar a cor do Facebook ou que ele passará a ser pago!”

A lista é imensa e a cada hora surgem mais e mais. Sendo um pouco pedagógico, agora, para aqueles que ainda não entenderam o recado: hoaxes são histórias falsas recebidas via e-mail, por meio de redes sociais e pela internet em geral. Eles têm o propósito de ludibriar as pessoas e de, dependendo dos casos, enveredá-las aos caminhos mais sombrios da internet, ou vai dizer-me que nunca clicou em uma página oriunda de sua rede social e ela infectou seu computador ou smartphone com vírus?

Reitero: devemos, sim, tomar muito cuidado com o que vemos e lemos por aí, para não sermos bobos. Brasileiro, por hábito, não pesquisa as fontes da informação, costume herdado, creio eu, por sessões de vômitos diários de televisão. Sem questionar nada, acaba aceitando como verdade o que os apresentadores de vozes bonitas têm a dizer.

Por isso e aquilo, camaradas, tomem muito cuidado! Pois segundo consta, mentira tem a perna curta, mas por conta da internet ela corre mais que o Usain Bolt!

O bebê de Rosemary

Com Leo Davine.
Confesso que sempre gostei de filmes de terror, mesmo que ficasse de olhos abertos a noite inteira depois de assistir a eles. Minha mãe não deixava que eu os visse, mas, na casa de minha finada avó, os tios e tias me davam passe livre. Depois, eu os aborrecia com meus medos e minha insônia.

Os tempos eram outros. Era um Brasil recém-saído da ditadura. As grades de programação dos canais de TV não sabiam muito bem o que fazer com tanta liberdade, ainda que tardia. As madrugadas traziam enxurradas de terror. Velhos filmes do Drácula, alienígenas sanguinários e canibais insaciáveis se infiltravam nos cérebros adolescentes. Quem tinha dinheiro e uma carteirinha falsificada podia frequentar os cinemas (havia cinemas no centro das cidades!) e se gabar diante dos fedelhos que não gozavam desta benesse. Ô tempo!

Então, depois de muito anúncio, reprisaram, na TV, O Bebê de Rosemary.

Na escola, no dia seguinte, ninguém falava de outra coisa. Uns não tinham sentido medo, outros mijaram nas calças, outros levaram umas chineladas para espantar o sono matinal. De toda forma, aquilo havia criado tantas raízes na cabeça dos moleques, que alguns deles, já marmanjos, passaram a alugar o filme toda semana. Viciaram-se a tal ponto que já não davam atenção à namorada ardente de paixão, ao cachorro morto de fome, às mães que viajavam 600km para vê-los. O programa de sábado à noite era O Bebê de Rosemary com vinho e canapés. A namorada que assistisse ao filme com o marmanjo...

Pois bem. Uma namorada de um marmanjo desses não suportou a rotina. Mandou o sujeito andar. E que levasse, também, a Rosemary, o bebê e até o disco do Chico que ele roubou. O marmanjo percebeu que o namoro fez água, mas parece que, até hoje, não acordou do próprio filme de terror.

Jamais compreenderei a troca da companhia da namorada pela do Bebê de Rosemary. O marmanjo, sem perceber a gravidade da barganha, assumiu o ônus de uma permuta com prejuízo. Azar o dele.


LEONARDO DAVINE DANTAS é mineiro de Lavras, residente em Campinas. Bacharel em Letras pela Unicamp, atua como servidor público do Estado de São Paulo. Seus autores prediletos são o poeta Virgílio e o Padre Manuel Bernardes.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

As mil faces de Ridley Scott

Ridley Scott: poucos sorrisos e muita paixão
pela ficção científica (Foto: Divulgação)
Em mais de 35 anos de carreira, cineasta inglês navega pelos gêneros e constrói cinematografia invejável.
 
A pequena cidade costeira South Shields, na Inglaterra, é o berço de um dos mais renomados diretores de cinema do mundo: Ridley Scott. Apesar de pequena, com pouco mais de oito mil habitantes, a cidade não pôde impedir que o cineasta realizasse obras que despertariam emoções distintas nos mais variados públicos. Antes de ser reconhecido mundialmente, no entanto, o inglês já tinha um nome forte no mercado publicitário de seu país. Foi lá, ainda no começo da carreira, que ele e seu irmão Tony Scott (diretor de Top Gun - Ases Indomáveis e Chamas da Vingança, morto em 2012, após cometer suicídio), abriram uma premiada agência de propaganda. O pulo para a sétima arte, entrementes, era algo esperado.

Um consenso sobre a filmografia de Ridley é sua habilidade de navegar por vários gêneros. Por exemplo, um de seus filmes mais apreciados é um terror-espacial considerado clássico pelos amantes de cinema: Alien – O Oitavo Passageiro, de 1979. Apenas três anos mais tarde, o mundo se extasiou com Blade Runner – O Caçador de Androides, em 1982, hoje, uma obra cult.

Em 1985, bem antes da saga O Senhor dos Anéis ser idolatrada por crítica e público, Scott já havia mostrado em A Lenda, com certo Tom Cruise ainda em início de carreira, ser possível realizar filmes de fantasia com maestria.

Passou pelo drama, filmes de guerra, comédias, espionagem e épicos históricos. Recebeu, ao longo da vida, três indicações ao Oscar de melhor diretor. Uma delas, pasmem, por aquele filme protagonizado por um tal Russel Crowe vivendo um general do exército romano e, posteriormente, traído e reduzido a escravo. Gladiador!

A carreira eclética de Scott poderia muito bem ser uma catástrofe nas mãos de outro realizador. Felizmente, o velhinho sabe fazer cinema. O distanciamento do comodismo talvez tenha sido, e é, um dos maiores motivadores na carreira do cineasta. Mesmo em constante transição por gêneros, ele nunca ficou aquém do esperado pela sua capacidade de contar histórias. 


De volta ao espaço: Perdido em Marte renova paixão de Ridley Scott pelo Si-Fi

Depois de Interestelar, Damon dá as caras no espaço em
filme cômico e motivador (Fotos: Divulgação) 
Mistura de Gravidade com Náufrago, filme protagonizado por Matt Damon cai nas graças do público e crítica.

Ridley Scott é um sujeito interessante. Isso é fato. Ao mesmo tempo em que ganhou invejosa e prestigiosa reputação no âmbito da ficção científica, galgou ares em outras situações cinematográficas distintas do gênero que catapultou sua carreira (confira ao lado). Altos e baixos ocorreram, porém, congratulações ao diretor por se opor ao mais do mesmo e, ao menos, se aventurar na sétima arte. Atitude muitas vezes negligenciada por outros profissionais.

A boa nova de Scott é sua nova parceria com Matt Damon. O que não é inédito, no entanto, é sua ida ao espaço sideral para contar histórias. Obviamente, não no sentido literal. Perdido em Marte (The Martian, nos EUA) é a aposta do diretor britânico em um dos gêneros em que se sente mais à vontade, mesmo tendo se mantido afastado por anos.

Com exceção do já consagrado Matt Damon, Perdido em Marte
reúne um time de peso da nova geração de astros hollywoodianos. 
Simplificando a história, o filme é baseado no livro de Andy Weir, The Martian (O Marciano, em tradução literal), de 2011. Conta a saga de um astronauta (Matt Damon) em missão especial da NASA dado como morto após uma tempestade e abandonado por sua equipe no planeta vermelho. Vivo, ele retorna para sua base espacial e descobre que seu resgate levará quatro anos para chegar até Marte, dando início a uma luta pela sobrevivência e por “batatas”.

Não é Gravidade

Astronauta passando por dificuldades, longe da Terra, refém do acaso e intempéries da natureza. Pensou em Gravidade, de Alfonso Cuarón? Sim, é, por vezes, similar à obra de Ridley Scott. No entanto, o filme com Matt Damon não possui a mesma carga dramática do longa protagonizado por Sandra Bulock. É cômico, leve, motivador. A película lembra, também, outro personagem que passou por apuros na solidão e luta pela sobrevivência. Falo do Chuck Noland de Tom Hanks em Náufrago, de 2000. Alguém disse Wilson?

Novo longa de Ridley Scott foi ovacionado pela crítica... 
...e desponta como um dos favoritos ao Oscar.









Espera-se pelo hype das últimas semanas que Perdido em Marte seja bem agraciado financeiramente pelo público e, gradativamente, lembrado pelos membros da Academia de Ciências Cinematográficas – os “tiozinhos” que decidem para quais mãos irão o Oscar. A presumida indicação é explicada na exibição do filme no Festival de Toronto, na metade de setembro – uma espécie de termômetro para a temporada de filmes –, ocasião em que o longa foi simplesmente ovacionado pelos críticos. A imprensa internacional já cita, por exemplo, premiação para a atuação de Damon e, não menos importante, a direção de Scott.

Além dos já citados envolvidos, Perdido em Marte conta com um elenco afinado: Jessica Chastain (A Hora Mais Escura), Sean Bean (Senhor dos Anéis - A sociedade do anel), Sebastian Stan (Capitão América 2: O Soldado Invernal), Chiwetel Ejiofor (12 Anos de Escravidão), entre outros. O filme tem estreia em 1º de outubro no Brasil.


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

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Mais sólida do que nunca, a guitarra elétrica

A necessidade de amplificar o volume do violão fez nascer a guitarra elétrica, instrumento revolucionário que trouxe consigo novos estilos musicais e reinventou o jeito de se tocar as seis cordas. O coração da guitarra é o captador, inventado em 1923 pelo americano Lloyd Loar. Trata-se de um dispositivo magnético que converte vibrações acústicas em impulsos elétricos, os quais são amplificados e depois convertidos em som por alto-falantes.

Lloyd conseguiu amplificar o som, mas a construção acústica do violão causava sérios problemas de microfonia. Para resolver esse inconveniente, em 1941, o guitarrista de jazz Lester William Polsfuss, conhecido como “Les Paul”, apresentou à companhia Gibson a ideia de um modelo de corpo sólido, chamado de Tora. Mas, segundo ele mesmo, os diretores da empresa riram e recusaram.

Em 1948, Paul Bigsby construiu para Merle Travis uma guitarra sólida muito parecida com as atuais, mas a história realmente começa em 1946, quando Clarence Leonidas Fender (Leo Fender) fundou a Fender Electric Instruments Manufacturing Company. A primeira guitarra de corpo sólido lançada por Leo Fender foi chamada de Esquire, lançada no final de 1949. Em 1951, o nome foi alterado para Broadcaster, mas Leo recebeu um telegrama dizendo que a empresa Gretsch já havia registrado o nome Broadkaster para um kit de bateria, em 1937. Leo mudou, então, em 1951, o nome de seu invento para Nocaster, que logo foi rebatizado de Telecaster.

Após o sucesso comercial da “Tele”, a Gibson lançou a Les Paul, feita de madeira maciça e que lembrava um pequeno violão. Com características de construção e timbre diferentes da Fender, tornou-se rapidamente objeto de desejo dos guitarristas.

Alheio a tudo isso, no Brasil, o baiano Adolfo Nascimento, o Dodô, buscava desde 1938 uma forma de amplificar seu cavaquinho. Ele discutia a ideia com Osmar Macedo, com quem fundou o Trio Elétrico Dodô e Osmar. Por volta de 1944, Osmar desenvolveu um instrumento que não tinha corpo, era apenas um braço de cavaquinho com captador, que chamou de “pau elétrico”. Acredita-se que marinheiros em passagem pela Bahia levaram a ideia aos inventores americanos, influenciando a concepção da guitarra elétrica sólida atual.

Hoje, a guitarra é instrumento de destaque em quase todos os estilos musicais. Existe uma variedade enorme de amplificadores, pedais de efeitos, aplicativos e tecnologias que fazem que suas possibilidades sonoras sejam infinitas. Desejada por músicos, admirada por amantes da música, a guitarra veio para ficar.

FÁBIO GONÇALVES é músico entusiasta e luthier na cidade de Mogi Guaçu (SP).

Trovador solitário: Tributos marcam os 19 anos da morte de Renato Russo

Quase duas décadas após sua morte,
Renato Russo continua vivo no
coração e nos ouvidos de sua legião
de fãs (Foto: Divulgação) 
Eventos acontecem nos dias 10, no Centro Cultural, e 17, no “O Profeta Pub Rock”.

Há exatos 19 anos, uma legião de fãs lamentava a morte de um dos maiores nomes do rock brasileiro de todos os tempos: Renato Russo. Ícone da explosão rock no Brasil, no início da década de 80, nos derradeiros anos da Ditadura Militar, o cantor e compositor, nascido Renato Manfredini Junior, embalou gerações com sua poesia ora crítica e reacionária, ora pueril e sentimental, peças de uma vasta produção artística elaborada à frente dos vocais da Legião Urbana, talvez a banda de maior influência no país nos últimos 30 anos.

Para comemorar a carreira do mítico legionário radicado em Brasília e manter viva sua memória, dois tributos em Mogi Guaçu (SP) devem revigorar a lembrança dos novos e antigos fãs do “trovador solitário”, alcunha com a qual Renato se apresentava, sozinho, no início da década de 80.

O primeiro traz os mogimirianos da Falsa Identidade e o espetáculo “Legião Urbana 30 anos”, atração principal do “1º Encontro Legionário do Interior Paulista”. O evento, que já acontece anualmente em São Paulo e Brasília, reúne amigos e fãs para trocar experiências, histórias e celebrar a eterna obra de Renato Russo, Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Renato Rocha.

Montado na área externa do Centro Cultural, o encontro ainda traz uma exposição com fotos raras do quarteto brasiliense e a apresentação de vários tributos e artistas regionais. Os portões serão abertos a partir das 15h, com entrada gratuita. Já os ingressos para o espetáculo “Legião Urbana 30 anos”, que acontece no palco do Teatro Tupec, a partir das 20h30, custam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada).  

O quinteto Falsa Identidade presta tributo à Legião Urbana desde 1994,
antes mesmo da morte de Renato Russo (Foto: Divulgação)
Na semana seguinte, dia 17, os poços-caldenses da banda Mittus aterrissam no palco do “O Profeta Pub Rock” para prestas suas homenagens ao eterno ídolo. De acordo com o vocalista Bruno Maciel, o foco da apresentação está calcado na beleza e emoção das letras e músicas da Legião Urbana, e não propriamente na estética visual. “Somos um tributo e não um cover. É um show de fã para fã e, mais uma vez, conto com a presença de todos que sempre lotam as casas por onde passamos”, convida o músico. A Mittus se apresenta a partir das 23h. A entrada custa R$ 20.

SAIBA MAIS
  • Renato Russo morreu no dia 11 de outubro de 1996, aos 36 anos, em decorrência de complicações causadas pelo vírus da Aids;
  • Sua primeira banda de expressão foi a Aborto Elétrico, grupo que durou apenas quatro anos (1978-82) e serviu de embrião para o Capital Inicial;
  • Antes da fama, Renato Russo trabalhou como jornalista e professor de língua e literatura inglesa;
  • Entre os 15 e os 17 anos, enfrentou uma rara doença óssea, a epifisiólise, que o deixou por um período entre a cama e a cadeira de rodas;
  • Em 2008, foi eleito pela Rolling Stone o 25º lugar na Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira;
  • Recentemente, parte da história e obra de Renato Russo ganhou vida nos cinemas com os filmes Somos Tão Jovens e Faroeste Caboclo, ambos de 2013.

A banda Mittus também faz show em homenagem a Renato Russo
em Mogi Guaçu (Foto: Divulgação)  
SERVIÇO

1º Encontro Legionário do Interior Paulista
Dia 10, a partir das 15h, na área externa do Centro Cultural.
Avenida dos Trabalhadores, 2.651 - Jardim Camargo.
Entrada gratuita.

Espetáculo “Legião Urbana 30 anos”, com a banda Falsa Identidade 
Dia 10, às 20h30, no Teatro Tupec do Centro Cultural.
Ingressos na bilheteria do Centro Cultural, Óticas Carol do Buriti Shopping ou 
no site www.bilheteriarapida.com.br.

“Tributo à Legião Urbana”, com a banda Mittus
Dia 17, às 23h, no “O Profeta Pub Rock”.
Rua João da Rocha Franco, 39 - Centro.
Ingressos na portaria.

O crime e a mídia

Há duas décadas, quando iniciei minhas atividades como repórter policial, logo identifiquei a necessidade de profissionalização e cursei faculdade de Comunicação Social. Isso porque percebi que a segurança é um assunto que preocupa todos os cidadãos. O aumento das taxas de crimes, a baixa resolução desses delitos e o consequente aumento da sensação de insegurança me levou à reflexão: qual a minha responsabilidade, quanto jornalista? Como posso ajudar a reverter esse quadro?

Inegavelmente, as páginas policiais são as mais lidas e a mídia que explora o assunto tem público fiel. As reportagens mostram cada vez mais uma guerra civil que transformou o dia a dia do cidadão brasileiro. Contudo, essa mídia tem se tornando tão criminosa quanto os crimes que publica. Refiro-me ao “assassinato” da Língua Portuguesa, ao “estupro” da Gramática e às constantes “agressões” contra a Redação e as Figuras de Linguagem. Essa exibição da violação diária da ordem pública extrapola o limite do aceitável e exibe uma realidade paralela e assustadora: estamos cercados pela incompetência!

Esse bombardeio de ignorância nos atinge quase que instantaneamente (após um fato policial) pela internet, seja pelas redes sociais ou por meio de sites “fantasmas”, que parecem existir apenas na rede mundial. Essas “reportagens” digitadas por “papilomas” da comunicação não demonstram nenhum tipo de responsabilidade social com suas atividades ou respeito com seus leitores. O objetivo é único é a audiência – a qualquer custo!

Esse atual cenário de jornalismo diplomado desvalorizado e veículos profissionais de comunicação enfraquecidos coloca nossa sociedade numa encruzilhada: de um lado, a falta de políticas de segurança pública eficazes contra crimes. De outro, o constante aumento da criminalidade e, à frente, um futuro tenebroso quanto à nossa segurança e à qualidade das notícias.

Ciente de que não existem fórmulas milagrosas para combater os problemas sociais, observei que cada cidadão pode contribuir para a melhoria na segurança de seus semelhantes, buscando tentativas de resgatar valores de convivência pacífica e harmoniosa entre as pessoas. A criação de critérios para escolha dos nossos governantes e a busca pela qualidade daquilo que lemos, ouvimos ou assistimos também é um ponto de reflexão. É preciso, sobretudo, uma vontade sincera e consciente de cada indivíduo que integra nossa sociedade.



ALAIR JUNIOR é jornalista guaçuano e apresentador do programa policial “Canal Aberto”, da SEC TV de Mogi Mirim.

Inspirando o saber: Fimi convida a comunidade para a 7ª Faculdade Aberta

Na edição anterior, mais de cinco mil pessoas compareceram
à faculdade durante o evento (Fotos: Luciano Santos) 
Tradicional evento socioacadêmico traz atrações culturais gratuitas e muita informação ao público.

O campus Mogi Guaçu das Faculdades Integradas Maria Imaculada (Fimi) abre suas portas à comunidade para a sétima edição da “Faculdade Aberta Fimi”. Promovido anualmente, o evento começa hoje (5), e segue até quarta-feira (7), sempre das 19h30 às 22h30.

Como de costume, além das habituais atrações de diversão e entretenimento oferecidas gratuitamente à população, como exposições, oficinas, workshops e apresentações teatrais, a Faculdade Aberta também conta com atividades práticas, culturais e experimentais, para todas as idades e públicos. As atrações são desenvolvidas pelos próprios alunos da entidade e têm como objetivos principais integrar a população ao ambiente acadêmico e reforçar aos estudantes da rede pública e particular a importância do estudo na vida de cada indivíduo.

Nesta edição, serão apresentados mais de 50 projetos nas áreas de Engenharia Civil, Química Industrial, Biomedicina, Farmácia, Estética, Biologia, Matemática, Química, Pedagogia, História e Letras. Destaque para as peças teatrais “Litera...cura: o encontro dos clássicos e modernos”, que apresenta, de forma divertida e bem-humorada, diversos autores das literaturas Portuguesa e Brasileira; e “Malefícios do Comunismo ou Máscaras da Ditadura”, montagem que rememora os vilões e vítimas de um dos períodos mais obscuros da história do Brasil.  

Ascensão

Segundo a direção das Fimi, o número de visitantes que prestigiam o evento tem crescido ano após ano e, nesta edição, são esperadas mais de seis mil pessoas durante os três dias da feira, um crescimento projetado de 20% em relação ao ano passado.

A programação completa da Faculdade Aberta está disponível na secretaria da instituição, que fica na Rua Paula Bueno, 240, Centro. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (19) 3861-4066.           

Ciência em pauta

Findados os trabalhos da 7ª Faculdade Aberta, as Fimi promovem, entre os dias 8 e 10 de outubro, a X Semana Científica.

Feira busca integrar a sociedade nas atividades acadêmicas
e ressaltar a importância do estudo na vida das pessoas.
De acordo com o diretor do campus Mogi Guaçu, Romildo Morelato Junior, o evento traz palestras, debates e minicursos que pretendem ampliar e fortalecer os conhecimentos dos estudantes presentes, oferecendo substratos à produção científica acadêmica. “A Semana Científica, que já vem acontecendo com muito êxito, tem como objetivo a integração científica e cultural, promovendo a socialização, a transformação dos saberes entre profissionais, professores e estudantes nas diversas áreas do conhecimento, visando a uma melhor preparação dos acadêmicos”, ressalta.

“É um evento que ressalta a importância do contato do estudante com as novas tecnologias, os campos de atuação e o conhecimento daquilo que há de novo na pesquisa em outros centros universitários ou institutos”, remata Morelato.

As atividades da Semana Científica são voltadas apenas a alunos do nível superior e profissionais da educação. Os interessados que não integram o corpo discente das Fimi devem confirmar participação pelo telefone 3861-4066 ou na secretaria da faculdade, no período de 2 a 7 de outubro. A inscrição custa R$ 5.

Gil Vicente em cena

Sempre crítica e divertida, a peça “Auto da Barca do Inferno”
é uma atração à parte durante a Faculdade Aberta.
Sucesso nas edições anteriores, a peça “Auto da Barca do Inferno” volta a ser um dos protagonistas da Faculdade Aberta Fimi. Escrita no começo do século XVI pelo literato Gil Vicente, a obra é uma complexa alegoria dramática, representada pela primeira vez em 1517. Trata-se da primeira parte da chamada trilogia das Barcas, completada pelo Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória.

“Os especialistas classificam-na como moralidade, mesmo que muitas vezes se aproxime da farsa. Ela proporciona uma amostra do que era a sociedade lisboeta das décadas iniciais do século XVI. Assim, buscaremos dar um tom contemporâneo à peça, pois nela há alguns assuntos pertinentes aos caminhos atuais da humanidade”, comenta a Profª Me. Lilian Cristina Granziera, responsável pela supervisão da peça.

Neste ano, participam da encenação os alunos do primeiro ano de Letras.