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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A leitura como agente transformador

A importância da leitura
“Quem lê se encanta e o seu mundo transforma”.

A leitura engrandece o ser e eleva a alma.
Desde a antiguidade, com o advento da escrita fonética, a leitura insurgiu como uma das práticas mais importantes e transformadoras da humanidade. Aprisionada durante séculos entre os intransponíveis muros do clero e da aristocracia, a leitura nasceu, desenvolveu-se e se disseminou sempre associada ao poder e à sabedoria, em uma alusão fiel e evidente – não para olhos iletrados – aos dias de hoje. 

Neste contexto, a evolução da oratória grega para registros impressos fez muito mais do que simplesmente armazenar e perenizar o conhecimento adquirido. Ela foi além. Permitiu que homens comuns se tornassem mitos de seu tempo, e não somente pela propensão intelectual que alguns deles possuíam, mas também, pelo acúmulo de saber obtido através dos livros. 

Fundamentalmente, a leitura educa e engrandece o ser. Por meio dela, o indivíduo torna-se mais crítico e consciente da sua própria realidade, com ampla visão e discernimento daquilo que o cerca. Do ato de ler, o homem extrai seus valores morais e éticos, estratifica e organiza seus pensamentos e ainda permite a si mesmo sonhar alto e imaginar o impossível. 

De acordo com a poetisa guaçuana Fátima Fílon, em discurso a crianças do ensino básico, “ler é uma forma de distrair-se, conhecer outras culturas, ampliar o olhar e apropriar-se dos conhecimentos produzidos socialmente”. Entretanto, o panorama traçado acima pelos benefícios da leitura está longe de ser real no país. Segundo pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil encontra-se em 51° lugar no ranking de leitura entre 65 países, números estes que se equiparam a países miseráveis e acentuam a passividade da atual condição sociopolítica brasileira.

Talvez seja exagero atribuir todos os problemas do país à falta de leitura. E de fato é. Contudo, negar que o letramento da população acarretaria mais senso de cidadania e, consequentemente, mais mobilizações e questionamentos sobre a forma como o Brasil é gerido, é mera conveniência daqueles que leram demais [!] e lutam para manter a sociedade em regime pão e circo.

Sobretudo, enquanto a leitura não se faz presente em toda cabeceira canarinho, o que fica é apenas o bom agouro da poetisa: “Quem lê se encanta e o seu mundo transforma”.

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